sábado, 17 de abril de 2010

Um pouco sobre a Professora Doutora Eugénia Cunha

Eugénia Cunha é Professora Catedrática de Antropologia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC); Presidente do Departamento de Antropologia da FCTUC e do Grupo de Estudos em Evolução Humana (GEEV); Doutoramento em Ciências, especialidade Antropologia, em 1994; Co-editora do livro lançado no mercado internacional com o título Forensic Anthropology and Medicine: Complementary Sciences from Recovery to Cause of Death; autora de capítulos de livros científicos internacionais de referência e de 25 artigos publicados em revistas científicas internacionais de referência; orientadora de teses de doutoramento, coordena também o 2º Ciclo em Evolução e Biologia Humanas, e presidente da Forensic Anthropology Society of Europe, Eugénia Cunha é consultora nacional para a Antropologia Forense do Instituto Nacional de Medicina Legal (INML), sendo responsável por todos os casos de antropologia forense da delegação sul desta instituição. Em colaboração com o INML, já elaborou mais de centena e meia de relatórios de Antropologia Forense sobre casos entregues para análise pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária, com destaque para a análise antropológica das vítimas do massacre de Ambriz (Angola), a exumação do tenente-coronel Maggiolo Gouveia, o comandante da PSP em Díli que abandonou o exército português aquando da revolução timorense de 1975, a exumação e identificação de 11 militares mortos na Guiné (Guidage) e ainda o caso do triplo homicídio de Santa Comba Dão. Eugénia Cunha tem coordenado vários outros projectos de relevo, entre os quais a exumação, não consumada, do que se pensa ser as ossadas de D. Afonso Henriques e ainda o estudo dos restos humanos provenientes do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, do Mosteiro de Alcobaça e do campo da Batalha de Aljubarrota. Actualmente a sua investigação centra-se nas áreas da antropologia forense e biologia do esqueleto.

Finalmente!





Boa noite a todos!

Esta semana foi lançado, em Coimbra, o livro "Como nos tornámos Humanos", da autoria da Prof. Doutora Eugénia Cunha, a melhor antropóloga forense Portuguesa e uma das melhores do mundo. Este livro é da Impresa da Universidade de Coimbra e explica o essencial sobre a Evolução Humana. É o primeiro livro de divulgação ciêntifica na área da Evolução Humana, totalmente Português. Sem dúvida, uma excelente e interessante leitura para quem tem curiosidade e sede de saber. =)



quarta-feira, 7 de abril de 2010

As crianças na pré-história- Uma luz sobre a Infância da Humanidade

Fig.1 Reconstrução do rosto da menina de Dikika.



Boa Noite a todos!

Antes de continuar a falar dos restantes Australopithecus, dou aqui a conhecer as crianças fossilizadas que foram encontradas. A primeira de que vou falar é a Menina de Dikika.


A menina de Dikika- A menina mais antiga do Mundo


Trata-se de uma bébé de 3 anos, com cerca de 3,3 milhões de anos, da espécie Australopithecus afarensis e foi encontrada na região de Dikika, Etiópia. Esta região situa-se na margem do rio Awash, em frente de Hadar, o sítio arqueológico da região do vale do Rift.
Presa no arenito, os seus restos repousaram no sítio onde morreu, durante 3 milhões de anos, até que Zeresenay Alemseged, paleoantropólogo etíope a retirou cuidadosamente da rocha. Este é o bébé mais completo da antiguidade e o mais antigo. É também um dos melhores fosséis da sua espécie, pois ao contrario de Lucy, esta bébé possui os dedos da mão, um pé e o tronco completo. "A diferença mais impressionante é o facto de este bébé ter rosto", disse Zeresenay (fig.1). Esta foi uma descoberta extremamente importante, pois vem lançar uma luz sobre a forma como esta espécie viveu e cresceu. Esta bébé morreu durante a fase de amamentação e experienciou uma curta existência.
Através da observação do esqueleto conclui-se que o formato dos ombros assemelha-se ao de um gorila jovem, mas o ângulo que o fémur forma entre o joelho e a bacia é parecido com o de um humano moderno, sugerindo uma postura bípede eficiente. Tem uma testa suave, caninos curtos e o seu esqueleto não é maior que um macaco. Estes hominídeos teriam vivido e prosperado na galeria ripícola que flanqueava o antigo curso do rio Awash.
A menina foi descoberta no dia 10 de Dezembro de 2000 e em 2006 ainda não se tinha conseguido extrair todo o esqueleto da rocha dura. A recompensa? promenores raramente observados num fossil de australopiteco, entre os quais um conjunto de dentes de leite e a dentição defenitiva inclusa. Outra das conclusões é de que a menina seria parecida connosco da cintura para baixo e ainda tinha um dedo enrrolado, como se estivesse a agarrar algo. Descobriu-se ainda um raro exemplar de um osso hióide, osso mais tarde crucial para a fala humana. Esta descoberta permitiu vislumbrar-se uma fase antiga do aparelho vocal humano. Os joelhos são iguais aos dos humanos e a sua rótula é do tamanho de uma ervilha. A parte superior do corpo, apresenta várias características simiescas: cérebro pequeno, nariz achatado, e rosto longo, projectado para a frente. Fosse como fosse a menina de Dikika não era um macaco, que já tinham divergido dos seus antepassados há cerca de 4 milhões de anos antes. A biografia desta bébé é pequena mas o que ela representa em termos evolutivos é concerteza gigantesco.






terça-feira, 6 de abril de 2010

Olá a Todos!


Depois de tanto tempo sem escrever, decidi continuar com o Blog, visto que tenho recebido mensagens de pessoas a pedir para continuar! Obrigado a todos =)

p.s. Amanhã volto aos hominideos.